Siga-nos

Como tratar intestino preso?

Facebook
WhatsApp
LinkedIn
Email

Diagnóstico de Constipação Intestinal segundo Critérios de Roma III:

A identificação da constipação requer a manifestação persistente de dois ou mais sintomas, por um período mínimo de três meses nos últimos seis meses, conforme estabelecido pelos Critérios de Roma III. Os sintomas incluem: (1) esforço excessivo ou dificuldade para evacuar; (2) sensação de evacuação incompleta; (3) presença de fezes duras ou em formato de bolinhas; (4) frequência de evacuação inferior a três vezes por semana; (5) percepção de obstrução na saída das fezes; e (6) necessidade de movimentação intensa para facilitar a evacuação.

Diante da presença de constipação é importante o tratamento nutricional adequado, seguindo as orientações descritas a seguir.

Orientações para Tratamento da Constipação:

  1. Hidratação Adequada: É essencial aumentar a ingestão diária de água, conforme o cálculo estabelecido em 35 ml/kg de peso/dia. Recomenda-se um aumento gradual, utilizando estratégias como manter uma garrafa de água próxima, ingerir um copo de água antes do café da manhã, programar lembretes regulares, adicionar saborizantes naturais à água, aumentar o consumo de chás naturais e sucos naturais e criar metas para o aumento gradativo da ingestão de água semanal. O aumento da hidratação serve como alicerce fundamental para o tratamento.
  2. Higiene Bucal e Intestinal: A raspagem da língua com um raspador de cobre ao iniciar o dia é indicada para eliminar bactérias prejudiciais ao intestino, promovendo seu funcionamento adequado, prevenindo o acúmulo de gases e o inchaço abdominal, sinais comuns em quem sofre de intestino preso.
  3. Inclusão de Fibras na Alimentação: A adição de fibras à dieta diária é crucial para combater a constipação. Alimentos ricos em fibras, como aveia, sementes de chia, sementes de linhaça, frutas, hortaliças e legumes, devem ser consumidos em todas as refeições. As frutas mais indicadas para quem sofre de constipação são: kiwi, laranja com bagaço, mamão, ameixa preta seca, maçã com casca, manga, uvas, morango, abacaxi e melão. A ingestão de fibras deve considerar o consumo de 25g a 35g/dia, consumindo fontes variadas para atingir este total.
  4. Quanto ao consumo das sementes de chia e de linhaça a recomendação técnica é realizar a hidratação das sementes em água, mantendo-as imersas por um período mínimo de quatro horas. Posteriormente, elas podem ser ingeridas em sua forma intacta ou processadas em liquidificador.
  5. Psyllium como Fibra Suplementar: O uso de psyllium na forma de farelo é recomendado, pois essa fibra não fermenta no intestino, evitando desconforto abdominal. A quantidade ingerida diária pode variar de 3 a 30g a depender da necessidade de cada um, proporcionando 5g de fibras por colher de sopa.
  6. Restrição de Laticínios: A redução do consumo de leite e derivados é aconselhável, especialmente para aqueles que sofrem de constipação, uma vez que a presença da betacaseína do tipo A1 nesses alimentos pode retardar ainda mais o trânsito intestinal.
  7. Atividade Física Regular: A prática regular de exercícios físicos, como caminhadas, corridas e ciclismo, é essencial para estimular os movimentos intestinais e manter uma microbiota saudável. Ignorar a vontade de evacuar deve ser evitado para evitar complicações.

Conclusão:

Embora haja outras considerações importantes para o tratamento da constipação, as abordagens apresentadas formam a base essencial para tratar esse problema de forma eficaz. A integração dessas práticas na rotina diária contribuirá significativamente para aliviar os sintomas da constipação intestinal.

Autora

Luana Bernardi, Nutricionista e Doutora em Tecnologia e Saúde.

“As informações fornecidas neste site não substituem a consulta profissional com um médico ou nutricionista. Um acompanhamento com profissional da saúde sempre deve estar a frente para prescrever qualquer plano de tratamento. Utilize as informações contidas aqui como forma de conhecimento geral”.

Como posso ajudar?